domingo, 6 de janeiro de 2008

Urgência

Bastava o cheiro
o teu perfume
bastava o lume
que se acende
as mãos suaves
o olhar crescente
bastava a luz
o corpo inteiro
o abandono da pele
o desalinho
os cabelos
entre os dedos
bastava o riso
bastava a voz
a nudez alva
os pés
no jeito preciso
a elegância inacabada
o gemido sussurrado
bastava que fosse agora
que fosse já
que fosse antes
do poema terminado

5 comentários:

  1. Bastava vir aqui...
    em urgência de mel
    de amor
    de desejo
    de fogo
    de beleza...

    ...e encontrar.

    Um beijo!
    Bom fim de semana!

    ResponderEliminar
  2. ...bastava que fosse agora
    a luz a brincar no teu cabelo
    o olhos fechados
    en desvendar de segredos
    que fosse agora
    no pálido entardecer
    o cheiro dos teus braços
    em fogueiras por acender
    bastava que fosse agora
    para num gemido sussurrado
    reaprender a morrer
    num corpo que se abandona
    num infindar de gestos
    a repetir e reaprender...


    Saudades de te roubar as palavras assim....

    Beijo.

    ResponderEliminar
  3. Bolas Carlos!
    Logo hoje a falar em perfume?!
    Ainda se lembra do que escrevi aí mais baixo?
    Ah pois é!
    E agora? Mais saudades!
    E que intensidade. Excelente!!!

    Grande abraço!

    ResponderEliminar
  4. Cum car .... Carlos... escreves coisas que são golos de trinta metros.... raras e que os olhos guardam em lugar seguro..

    PS: . ...- se !!

    ResponderEliminar
  5. red: "escreves coisas que são golos de trinta metros...." - a verdade é que há comentários bem melhores do que certos poemas... Excelente. E obrigado.

    ResponderEliminar