quarta-feira, 26 de março de 2008

A geografia do amor

Era essa a geografia final do amor: um corpo estendido, esguio e esbelto, que o lençol se recusava a tapar completamente.
A embriaguez dos corpos não dura o tempo da sede que os habita, e por isso, as imagens que ficam são as do tempo vivido e também o das memórias que ficaram por viver. E só mais tarde, muito mais tarde, se saberá qual o tempo mais autêntico, mais verdadeiro.

5 comentários:

  1. Será que ela também tem uma pantufa perdida debaixo daquela cama?

    (vim trabalhar descalça) :)

    ResponderEliminar
  2. Vim aqui parar por acaso.
    Rapaz!...Há muito que não lia um blog com tanto motivo de interesse!
    As minhas felicitações...I Bog Your Pardon mesmo...

    ResponderEliminar
  3. Sempre o tempo,esse, o que vive dentro de nós... (não o outro que faz a chuva e o sol:).
    A miúda que não se levante da cama e espere :) falta pouco para alguém chegar, o tempo cá dentro faz milagres e a culpa é do relógio vermelho que nos deixa respirar e viver...

    ResponderEliminar
  4. E assim, a poesia se encaixa na prosa através da tímida frase curta da máxima significação. E assim se faz o caminho, de um pequeno passo para a longa caminhada. Boa malha...
    ARTUR

    ResponderEliminar