
Na pele das roupas que usava podia ser menina outra vez. Revia nelas a sua infância, as caras animadas de outros tempos e o desejo de permanecer ali, no fundo generoso das memórias, era imensamente forte. Andava perdida nos trilhos adultos do seu corpo de mulher e a sua casa era o seu refúgio, o atalho mais próximo para o tempo apetecido. E ali, por entre as pequenas flores do mundo que era o seu, caminhava em frente, rumo ao passado, olhando para trás de quando em vez, para não se afastar para sempre das horas dos seus dias verdadeiros.
* esta imagem foi gentilmente cedida pela Rosa e pode ser vista no blog
http://postitrosa.blogspot.com/
Está ali um bocadinho de mim. :)
ResponderEliminarGosto da foto :D
ResponderEliminarGosto imenso do texto...
ResponderEliminarAcho que de uma simples foto nasceu um belissimo texto!
Parabéns!! :)
Beijokas ELectricas
Olá Carlos
ResponderEliminarGostei muito deste poema em prosa! Confesso que são ESTES que me fizeram fã da tua escrita.
1 beijinho