segunda-feira, 3 de março de 2008

Poema do destino por escolher

Hoje dói-me o corpo todo
como se fosse mulher
em hora de parto
dói-me o olhar cego por ti
o braço de te embalar
nos sonhos dos dias
e arde-me o sangue
o sangue perdido
nas horas do fim
o sangue que corre em desatino
o desespero do choro
do corpo que chora
sem se entregar ao destino

Hoje dói-me o corpo todo
para me lembrar que existo

3 comentários:

  1. Como é que adivinhou ? hoje, a mim também me dói tudo... agora menos depois do o ler. Beijo, obrigada pelo bonito e verdadeiro poema.

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  2. Hoje dói mesmo tudo
    e hoje também não dói nada
    Dói as saudades que ferem
    Dói as lembranças vazias
    Dói tudo o que foi
    e mais o que não chegou a ser
    Dói... hoje dói, e hoje também já não...

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