sinto uma ausência
no meu corpo
no corpo dos outros
A minha filha chora
e o choro dela vem de mim
o sal das lágrimas são gotas
do copo d'água à minha frente
De um trago
de um só golo
bebo o único som das lágrimas
deste tempo
*este poema foi escrito a 14/11/1997, num momento em que a minha filha chorava. Tinha quase 5 meses de vida. Encontrei-o ontem, por mero acaso, ao desfolhar um livro de Eugénio de Andrade.
"...e o choro dela vem de mim..." É tão bonita esta imagem...
ResponderEliminar*HÁ acasos que são muito bem vindos, como o desfolhar de um livro...
:)
ResponderEliminar(aceito o desafio, mas não me ocorre nada... Tenho de cumpri-lo num determinado prazo?)
em bicos de pés: o prazo é da tua conta;-)
ResponderEliminarTu consegues tirar magia das lágrimas de um bebé de 5 meses?!?! Brilhante!
ResponderEliminardaniela: como podes ver, os meus "dotes" de nada servem ;-)
ResponderEliminarUau...
ResponderEliminar(só me ocorre este comentário, damn me!)