(Medulla: capa original)
Não gostei de Medulla, quando saiu. Estávamos em agosto de 2004, e desde essa data até ao presente dia, ainda não estou em paz com esse disco. Bjork queria mudar tudo, como sempre, e dizia-se cansada de instrumentos musicais. O disco, como se sabe, é predominantemente vocal, e o título entronca bem nessa ideia, uma vez Medulla é essência, e a um disco de voz, tal título assenta como uma luva. Ao que se sabe, o título surgiu depois de Bjork e Gabriela, uma amiga do mundo das artes, terem bebido demasiadamente, tendo esta última sugerido a designação futura do que viria a ser o quinto disco de originais da islandesa. Bjork aparece na capa, e o que mais nos espanta é a escultura do cabelo, feita por Shoplifter. Como já em anteriores disco havia acontecido, o fundo da imagem, bem como a pele da cantora, naturalmente, são níveos, contrastando com o negro do cabelo e do colar, que desenha o título do disco. Nas sessões fotográficas participaram Mathias Augustyniak, Michael Amzalag, Inez van Lamsweerde e Vinoodh Matadin. Mais uma imagem forte, como Bjork gosta. Mais um imaginário muito próprio que se edificou.
(desenhando-se uma outra Bjork)
(em formato Lego, novamente)