Fico-me por aí
nos filamentos do silêncio
onde as pequenas pedras se juntam
empurradas pela chuva e pelo vento
sabendo que tudo passa
sabendo o que não se diz
porque as palavras estão presas
a outras bocas
em outros sítios
e que a existência dos caminhos
está nas curvas que não dei
e nos versos que não fiz
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