sexta-feira, 16 de maio de 2008

Poema

Tenho-a a meus pés
a querer chegar-se
a querer tomar conta
do que não é seu
como uma variz a querer crescer
tomar-me a perna
depois um palmo mais
(e nisso pode ir-se a vida)
até que deixo tocar-me
ao de leve
como se fossemos íntimos
(e nisso posso ir-me nela)
depois afasto-me
recolho o corpo
e faço tudo
por parecer morto

1 comentário:

Anónimo disse...

Voltaste a escrever 1 poema lindíssimo! Não sei como consegues tamanha inspiração em 2 dias seguidos!!!
Aqui deixo a minha sincera admiração pelo teu talento
Beijo