Havia só mar no horizonte. Mar e algumas estrelas no céu que escurecia de mansinho, timidamente. Para trás deixava o que a vida sempre lhe oferecera: muito pouco. De resto, trocar as voltas ao destino parecia ser a aposta certa. No nevoeiro das ideias, sentia que o seu corpo balançava ao sabor de um outro mar que não aquele. Por isso aproximou-se perigosamente da proa do barco, esboçando um derradeiro sorriso. E, de repente, a vertigem da vida que levava pareceu-lhe verdadeiramente insustentável.
* esta imagem foi retirada do site http://bocadosdetudo.blogspot.com/
2 comentários:
A música é linda.
Tu, mais experiente, saberás melhor do que eu, mas parece-me que se pensarmos nisso profundamente, as vertigens desta vida são, quase sempre, insustentáveis. É preciso leveza...
Excelente texto, grande imagem!
Vale a pena tentar durante muito tempo, para finalmente se conseguir fazer alguma coisa com esta minha internet e ler-te. :D
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