Vivia em gestos rápidos, como se dançasse uma valsa interminável. Vivia a vida com o que sobrava dos minutos entre conversas, risos, olhares tímidos. Pintava telas. Desenhava arcos no céu que abrigava o meu futuro. As cores que usava, roubava-as a uma qualquer palette que nunca vi. Dizia sempre o mesmo: que nada no mundo nos pertence, porque se assim não fosse, éramos todos uns dos outros... e ela não era de ninguém. Do que me lembro, tinha uma casa, uma casa com jardim, e um corpo que me habitava quando os dias eram longos, tão longos que pareciam não ter fim.
* esta foto foi tirada pela minha amiga Ana Sofia Victor
3 comentários:
belíssimo!
Céus!!!!
que liiiindo!
esta porta não mora na Zambujeira?
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