terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Poema

na folha de papel

sentir o vazio
do branco a preencher

escrever o teu nome
ou o nome que não tens

desenhar as letras na ponta
dos dedos que me escrevem

eu preciso ler-me assim
no cheiro carmim da pele

e virar o pó dos dias
sem que me esqueça de mim

ou o que sou
por entre vírgulas

na folha de papel

3 comentários:

Cati disse...

Speechless!

Um beijo...

Artur Guilherme Carvalho disse...

Fóniiiiiixxxxx!!! Andas-lhe a dar forte e bom. E o book, é para quando??Boa Malha, xaval
ARTUR

Sintagma in Blue disse...

A través da palabra non hai esquecemento.

Bicos