Vejo-te quando os olhos se fecham. Vejo-te e tento tocar-te: os olhos, o nariz, a boca, todo o rosto. Sei que estranharias a pouca maciez dos dedos da minha mão, se conseguisse tocar-te. Talvez seja melhor ficar quieto, vendo-te apenas com o meu olhar cerrado. Talvez seja melhor tentar ouvir o que diz a tua boca, calada, imagem sem voz no som da memória. E mesmo assim, em surdina, parece que te ouço murmurar um melhor fim para esta história.
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