Vestia-se de uma outra pele. Riscava o corpo com essa seda impura, cobria-se nela, primeiro os pés, em seguida as pernas e palmo a palmo até à cintura. Depois caminhava assim, corpo zebrado a balouçar desejos. Eu ficava a olhar, tremeluzindo olhos e salivas: mulher vestida de pele e seda no calor da tarde. E ainda hoje há uma sede em mim que só sacio quando a pele me arde.
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