Foi por um feliz acaso que conheci Maria Cândida. Infelizmente, o conhecimento a que me refiro é apenas virtual, visto que nunca nos encontrámos, senão através da escrita na net. Maria Cândida é brasileira e trabalha na companhia de dança contemporânea que dá pelo nome de Grupo Corpo. Desde os primeiros contactos que percebi estar na presença de um ser humano de excepção. Digo-o com a humildade de quem não vê no elogio nenhum exagero ou favor, muitas vezes típicos da amizade. Em conversa recente confessei-lhe a vontade sincera que tenho em conhecê-la pessoalmente. "Talvez um dia", respondeu-me. Mas hoje, através do correio, chegou-me às mãos mais um bocado da sua gentileza, da sua amabilidade oceânica, e isso fez-me ganhar o dia, ao mesmo tempo que me comoveu. E de seguida, a sensação de estar em falta, de estar imensamente sensibilizado pelo seu gesto, sem que aja ao meu lado um rosto onde pousar dois beijos agradecidos. Por isso, porque a ausência terá sempre uma forma de ser contornada desde que assim queiramos, escrevo estas linhas só para si, imaginando que ficará satisfeita por ter sido responsável pelo contentamento que iluminou o meu dia. Muito obrigado, Cândida! Um beijo maior que tudo, e para sempre!
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