Não te tenho visto
nos passeios da vida que nos deste
nem tampouco sinto
a tua presença costumada
Talvez os horizontes sombrios
inebriem o teu riso luminoso
ou o olhar que se abre
com o começo da manhã
Não te tenho ouvido a voz
que ecoa nas vozes dos outros
nem sentido o teu toque
(pequenas formigas
no carreiro da pele)
Apenas o vazio sem futuro
o caminho que não leva
a outro lado que não seja
o outro lado que procuro
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