Os gatos andavam pela casa como espíritos sem regras nem maneiras. Eram muitos, mas pareciam ainda mais, quando miavam em coro e se enroscavam nas pernas em jeito de conversa, como que a dizerem Olá, estou aqui! Mas a casa estava vazia, apenas habitada por gatos e pessoas que não pareciam pessoas nem gatos, antes sombras de um qualquer sonho que ninguém deseja ter. Uma casa onde as sombras eram gente sem vontade de viver.
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