Algum dia tinha de ser! Decidir escrever estas breves linhas sobre Drowning By Numbers, de Peter Greenaway, não é coisa fácil. Trata-se de um filme quase surrealista, preso ao típico imaginário do realizador inglês. Sempre gostei de vários filmes de Greenaway, mas Drowning By Numbers é quem leva a melhor. Porquê? Pelo estranho enredo (avó, mãe e filha vão afogando os seus maridos por razões de somenos, sem sentirem remorsos significativos, e amparadas por um médico legista que ama as três senhoras Colpitts), pelos invulgares jogos cujas regras vão sendo referidas ao longo de todo o filme, pela grandiosa música que o percorre (de Michael Nyman, é claro), e pela particularidade (quase viciante, aviso já) de tentar encontrar as referências numéricas que vão passando no ecrã e que vão de 1 a 100, quer em imagens, quer nos diálogos que vão acontecendo entre as personagens. Em Portugal não há (nem houve) dvd do filme, por isso torna-se imprescindível ir buscá-lo aos sites internacionais do costume, embora também lá por fora seja difícil encontrá-lo, sobretudo a um preço razoável. Mas as grandes obras não têm preço, e Drowning By Numbers pertence a esse patamar.
* à esquerda, na imagem, a belíssima Joely Richardson, acompanhada por Juliet Stevenson numa cena do filme.
** afinal, e felizmente, já existe edição portuguesa de Drowning By Numbers (desde 23 de maio de 2011)
** afinal, e felizmente, já existe edição portuguesa de Drowning By Numbers (desde 23 de maio de 2011)
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