sexta-feira, 23 de abril de 2010

Poema

Tenho em agenda
fazer um poema final
numa qualquer hora tardia
para que faça mais sentido
tudo o que quiser dizer no fim

Um poema interdito
aos olhares cristalinos da manhã
porque serão nocturnos
os versos do poema

Ou talvez
seja eu a noite por dizer
no uso dessas palavras
que quero sejam sombrias
soturnas negras funestas
palavras do anoitecer

O fim inglório do poeta
é escrever para não morrer

1 comentário:

Anónimo disse...

Que estupidez! Agora deste em paneleiro?... qual é a piada dessa foto? Heim?