Depois (ah! que irritante
esta tendência narrativa dos meus versos)
foste tu a imitar-me
no desenho das roupas
espalhadas pelo chão
Eu cobria-te o corpo
no movimento das mãos
lembrando um maestro
em êxtase sinfónico
Lembras-te?
Depois (de novo
este impulso...) a noite continuou
intensa e liberta
muito para além
dos versos deste poema
que recorda
essa narrativa aberta
1 comentário:
Brilhante brilhante...
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