És tão bela, amor! Não sei se são os lábios, não sei se a pele, se o cheiro a flor. Não escrevo sobre os teus olhos, porque não consigo fazê-lo. Sabes do meu sentido de justiça, e por isso é melhor nada dizer. Apenas uma última linha, nesta história breve: se o que importa é o que sinto, o que aqui escrevi já serve!
quarta-feira, 30 de junho de 2010
terça-feira, 29 de junho de 2010
segunda-feira, 28 de junho de 2010
O Bem Amado (agora em filme)
Gosto de cinema brasileiro. Sempre gostei. Por isso gostava de ver O Bem Amado, de Guel Arraes. O filme estreará este ano, e dificilmente chegará às nossas salas. O elenco é de luxo, mas eu destaco duas actrizes: Andréa Beltrão (uma paixão antiga) e Maria Flor (lindíssima, lindíssima!). Aqui fica o trailer, para abrir o apetite.
domingo, 27 de junho de 2010
sábado, 26 de junho de 2010
Poema
Ainda quero escrever uma canção
sobre o desespero da vida
Uma canção para ser cantada
a duas vozes
canção agreste e dura
porque a vida não se compadece
com enleios de outra ordem
A minha voz em tons mais altos
a outra (talvez a tua?)
em meios tons
porque a timidez pode
a qualquer momento explodir
num final inesperado
Quando a melodia terminar
não haverá público ouvinte
apenas uma breve pulsação inconsequente
um estado agudo de agonia
um suave colapso de qualquer
coração mais resistente
para rimar com o sentido da canção
E por isso pergunto:
queres cantá-la comigo
ou não?
sexta-feira, 25 de junho de 2010
quinta-feira, 24 de junho de 2010
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Um livro aberto
terça-feira, 22 de junho de 2010
Curtas Letragens
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Poema
Na verdade
ninguém sabe
o que dizem os poemas
tal a mudez dos seus versos
Não se trata de entender a poesia
não se trata disso
(ou não fosse este poema
um incompleto compromisso)
domingo, 20 de junho de 2010
sábado, 19 de junho de 2010
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Poema
Ando com preguiça
de dizer
de viver
de estar em pé
preguiça que bem se alastra
a outros sítios
de prazer
preguiça quase exaustiva
que me impede de escrever
o poema que queria
por preguiça
de o fazer
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Poema
O que fazer
quando o dia finda
e a luz do que somos
não se afunda
no manto estrelado que se põe
O que dizer
para que o vento leve
a voz que não se cala
no silêncio da noite
que se impõe
São tantas as perguntas
que o melhor é estar assim
de olhos fechados
para não ver nada nem ninguém
não ouvir
não sentir
não fazer o mínimo esforço
para além do esforço
de existir
quarta-feira, 16 de junho de 2010
terça-feira, 15 de junho de 2010
Estrelas
Não saberia onde guardar
todas as estrelas da noite
Talvez no bolso destas calças velhas
coubesse a mais bonita
a mais estrelada
e apenas isso
Talvez pudesse doar todas as outras
a todos aqueles que arriscassem
queimar as mãos
com o brilho intenso que as estrelas irradiam
Ou talvez nada fazer
e esperar que abras os olhos
para me entreter com as estrelas
que os teus olhos silenciam
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Passou à minha frente, num repente. Apenas lhe fixei a forma de anjo que vestia. Ao abrir os olhos, naquele balbuciar de pálpebras que sentimos ao acordar, a figura alada de um qualquer desejo fez-se luz. Era, talvez, um anjo. Um anjo tardio, que ficara a bailar na noite até aos primeiros raios de sol. E assim, no passo largo das almas que voam, deixou o mundo que nesse instante acordava para regressar ao seu tempo, à sua casa.
domingo, 13 de junho de 2010
Poema
É sempre assim
quando nos convém
(a luz acesa e um cigarro por fumar
esquecido como memória que se esfumou)
Sim é sempre assim
quando queremos ter nas mãos
o que só cabe no mundo
ou na alma
que é um espaço incomensuravelmente maior
E eu
que não fumo senão o fumo dos outros
sei que não vale a pena
queixar-me disto ou daquilo
porque não há desculpas para esta embriaguez
sem vasilhame ou depósito
É sempre assim
quando nos convém
(a cama onde nos deitamos
sem sabermos bem com quem)
quando nos convém
(a luz acesa e um cigarro por fumar
esquecido como memória que se esfumou)
Sim é sempre assim
quando queremos ter nas mãos
o que só cabe no mundo
ou na alma
que é um espaço incomensuravelmente maior
E eu
que não fumo senão o fumo dos outros
sei que não vale a pena
queixar-me disto ou daquilo
porque não há desculpas para esta embriaguez
sem vasilhame ou depósito
É sempre assim
quando nos convém
(a cama onde nos deitamos
sem sabermos bem com quem)
sábado, 12 de junho de 2010
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Poema
O espanto maior
é o nascer da madrugada
nos poros da tua pele
Como se a terra húmida
das temperaturas nocturnas
tivesse deixado pequenos lagos
para o sol matar a sede
quinta-feira, 10 de junho de 2010
We Rule The School
On a beech tree rudely carved On a beech tree rudely carved Do something pretty while you can Do something pretty while you can On a bus stop in the town On a bus stop in the town Do something pretty while you can Call me a prophet if you like |
quarta-feira, 9 de junho de 2010
terça-feira, 8 de junho de 2010
segunda-feira, 7 de junho de 2010
domingo, 6 de junho de 2010
Poema
Assim se habita um coração:
as mãos vazias de existência
e os olhos tão azuis como os do céu
em dias de melancólica inocência
sábado, 5 de junho de 2010
sexta-feira, 4 de junho de 2010
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Poema
Transborda de sangue
o corpo quieto
que dorme a meu lado
A primeira visão do dia
é o que me deixa acordado
quarta-feira, 2 de junho de 2010
terça-feira, 1 de junho de 2010
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