Passou à minha frente, num repente. Apenas lhe fixei a forma de anjo que vestia. Ao abrir os olhos, naquele balbuciar de pálpebras que sentimos ao acordar, a figura alada de um qualquer desejo fez-se luz. Era, talvez, um anjo. Um anjo tardio, que ficara a bailar na noite até aos primeiros raios de sol. E assim, no passo largo das almas que voam, deixou o mundo que nesse instante acordava para regressar ao seu tempo, à sua casa.
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