Subitamente, passados já vários dias desde o acontecido, sinto-me um bocado chileno. As imagens dos mineiros aprisionados, e o esforço governamental para os tirarem das profundezas onde estão retidos, fez-me sentir um certo orgulho em ser (não sendo) também um pouco chileno. Porque a dor dos outros pode também ser a nossa dor. Porque a dor que sentimos nas pessoas que estão aprisionadas há mais de 50 dias numa espécie de inferno de terra e escuridão, mostra-se tão humana e sorridente, que me faz ter por eles (mineiros e família, governo e outras entidades que participam na recuperação desses 30 e tal homens) um enorme respeito. A coragem que todos demonstram parece irreal, inacreditável. E assim, por uma empatia que ultrapassa milhares de quilómetros, sinto-me um pouco chileno.
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