segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Poema

Fala comigo
desse tempo antigo
que também eu fui

Quero ouvir a tua voz
a sussurrar-me ao ouvido
(criança de calções
e riso alado)
tu tão distante
eu tão parado
nos dias de hoje

Quero ouvir a tua voz
sem que me avises
da tua chegada
(tu que és só memória)
para sermos de novo
uma mesma história
no tempo parada

Vem criança antiga
pus a mesa para o almoço
e fica a promessa
que se por acaso
a tua voz eu ouça
iremos à tarde ao parque
brincar no balouço
e andar de escorrega

3 comentários:

Lou Marciano James disse...

Olá Carlos.
Gostei muito desse poema.
Muito bom mesmo.
Parabéns!
Abçs.

Tomás disse...

muito giro :)

redjan disse...

Alta poesia por aqui ... Como sempre !