Revi há dias, e pela enésima vez, A Clockwork Orange, de Stanley Kubrick. Desde há muito que convivo com a obra (o livro de Burgess) e com o filme, este bem mais tardiamente. Li o livro ainda bastante jovem, e a surpresa foi total: o espanto da violência desmesurada, da atitude perversa e inquieta, do instinto sexual em ebulição, da acidez da linguagem utilizada. Fico sempre admirado com a violência da música de Beethoven, quando contextualizada, evidentemente. E por fim, uma última nota: o rosto perturbador de Alex (Malcolm Mcdowell) que não me sai da cabeça há já alguns dias...
* na imagem, uma belíssima recriação da cena inicial, em Lego
2 comentários:
já há alguns tempos que ando para ver esse filme, esta descrição ajuda a aguçar a vontade :D
Um dos melhores dele e isto é ser injusto para os outros todos, vistos e bem vistos.
Acontece que este filme antecede a teoria do vidro quebrado de Giuliani ao aplicar naquele rebelde (um jovem como agora se diz) uma tratamento que o torna num pacífico cidadão.
As consequência são devastadoras por imprevisíveis.
Há momento inesquecíveis, a linha amarela, os falos de plástico, a mesa do bar (quem me dera uma) a visita do ministro do interior, o copo de água com a dentadura enfim devia ser obrigatória toda a gente vê-lo pelo menos uma vez.
Obrigado por o lembrar.
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