Está frio, e escrevo sem vontade de ser máquina, e sem qualquer ponta de febre. Ouço Computer World, dos Kraftwerk, e escrevo sobre ele. Na minha cabeça há computadores (e à minha frente também - um iBook G4 velhinho, que nunca me deixa ficar mal), calculadoras de bolso, números que vagueiam em ondas musicais. O ritmo pronunciado das canções anima-me, e é quase impossível não mexer o corpo, mesmo estando sentado. Será também para isto que existe a música? Sim, estou certo disso. Mas está mesmo frio, e o melhor é rodar o volume do meu sistema AMC um pouco mais para a direita. Parar, de quando em vez, para melhor pensar no que se vai escrever até ao fim de mais uma linha, e nessa pausa esfregar as mãos porque o frio do fim de tarde é cruel e entranha-se. Não ligo o aquecimento. Não vale a pena. Rodo um pouco mais o botão do volume de som, e isso basta.
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