domingo, 1 de julho de 2012

Especial Kraftwerk, ou como ser robot, humanisticamente falando (I)

Os Kraftwerk são uma referência para mim. Aprendi a gostar deles nos meus early teens, graças ao meu amigo Midinho, que tinha o LP The Man Machine. Tantas vezes o ouvi, que fiquei fã absoluto. Estive afastado, depois desse período e durante muitos e muitos anos, da banda de Dusseldorf, até que o reencontro se deu, e de que maneira! Os amores são sempre eternos, afinal! Este é um post especial. Digo que é especial por pretender ser uma porta de entrada no mundo kraftwerkiano. Ou melhor: se o leitor estiver curioso, e pouco souber em relação à banda e ao seu trabalho, pode seguir os conselhos que aqui vou deixar. E assim, se tiver coragem de avançar num caminho perigoso (por não haver retorno, de tão viciante que se torna), basta ter em conta o que a seguir se diz e se mostra.

Da obra dos Kraftwerk, que nem sequer é tão extensa assim, tenho de destacar 3 discos, provavelmente os meus preferidos, embora nem sobre isso tenho certezas absolutas. Por ordem de aparição, começo por Autobahn, trabalho lançado a 1 de novembro de 1974. Autobahn é um disco que contém apenas 5 faixas, a primeira das quais preenchendo todo o lado A do LP, e que se chama exatamente Autobahn. Tem, originalmente, 22:43 minutos de duração e evoca o prazer da condução numa autoestrada. Esta faixa é uma homenagem à primeira autobahn alemã, construida de forma a ligar as cidades de Cologne e Bonn, aberta ao tráfego a 6 de agosto de 1932. Nessa autoestrada não havia limite de velocidade.

Tudo é icónico neste disco, desde o ruído da porta do carro a fechar-se (nos primeiros segundos da faixa), até aos segundos finais de Morgenspaziergang (Passeio Matinal), que encerra Autobahn. Entre a primeira e última faixas há ainda Kometenmelodie 1 (Melodia do Cometa 1), Kometenmelodie 2, e Mitternacht (Meia Noite). 

As capas de Autobahn são imagens de referência do universo icónico da banda. Boas audições, e boa viagem!

(capa e contracapa originais)


(capa original alemã, da autoria de Emil Schult)


(capa mais tardia)


* next stop: Trans-Europa Express

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