Não me provoques
que posso não aguentar
e ter de fugir
subir às árvores
e ali ficar para sempre
comendo os frutos
do ar e do vazio
pequenas gotas de chuva
para matar uma sede
que não é sede
antes fome de existir
Não me provoques
mesmo depois de me esconder
que o ramo da árvore
é frágil e posso não aguentar
e acabar por perecer
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