terça-feira, 11 de setembro de 2012

Taking Tiger Mountain by Strategy - a ópera

coisas que acontecem, e que não lembram ao diabo! Ainda a propósito do meu post de há dois dias sobre o disco de Brian Eno, e segundo julgo ser verdade, descobri que o músico inglês ficou fascinado por um conjunto de cartões postais que encontrou e comprou em São Francisco, e que anos depois usaria como base do seu já mencionado trabalho de 1974. Esse conjunto de postais era referente a imagens de uma ópera revolucionária chinesa do tempo de Mao, claro está. A ópera de Beijing dava pelo nome de Taking Tiger Mountain by Strategy, ou se quisermos ser mais puristas, intitulava-se 智取威虎山. Adiante...
O espétaculo, bem à maneira chinesa desse tempo, narra um episódio de contornos verídicos acontecido em plena guerra civil chinesa (1946). Yang Zirong é um jovem comunista convicto, que resolve infiltrar-se, disfarçando-se, num grupo de bandidos na tentativa de os levar de vencida, o que acaba por acontecer, sobressaindo assim mais um triunfo marcado pela ideologia maoista. A ópera é inspirada num romance de Lin Hai Xue Yuan, de grande sucesso na China. Aliás, um famoso filme do realizador Xie Tieli (de 1970), é tido ainda hoje como uma das obras mais vistas da história do cinema, com mais de 7,3 biliões de espectadores. O sucesso foi de tal ordem, embora se saiba também que os chineses eram obrigados a ver o filme repetidas vezes, que uma nova versão de Taking Tiger Mountain by Strategy deve surgir nas salas de cinema no final deste ano de 2012, agora pelas mãos do realizador Tsui Hark, de Hong Kong. Como deixei aqui dito há dois dias atrás, adoro Taking Tiger Mountain (by Strategy) de Brian Eno. Não conheço a ópera com o mesmo título, embora me pareça que não ficaria freguês, confesso. Uma simples procura no youtube servirá para verem excertos da ópera e tomarem as devidas conclusões.


(imagem publicitária da ópera)



(imagem de Yang Zirong, na floresta onde se encontram os bandidos)



(imagem quase final, em que o herói vence o inimigo)



(e, finalmente, uma imagem da mesma ópera, que estará na base de um terceiro e último post dedicado a Taking Tiger Mountain (by Strategy), embora num contexto completamente paralelo ao disco de Eno e ao registo operático descrito nestas linhas)

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