O Senhor Stein já pouco liga ao Natal. Pouco lhe diz a quadra que agora se vive, embora não perceba bem as razões que o levam a andar desanimado com esse velhinho de barba branca e olhar generoso. O próprio Pai Natal parece-lhe um Pai Natal reformado da sua missão, ausente, cabisbaixo. Na verdade, o Senhor Stein preferiria viver o Natal de outras alturas, mas sabe perfeitamente que essa possibilidade só existe na sua cabeça, daí que tenha encomendado (num sítio que não diz a ninguém) um pouco do tempo em que o Natal era o acontecimento da sua vida. Pediu que lho entregassem embrulhado, com um enorme laçarote. No entanto, o Senhor Stein sabe que a encomenda poderá atrasar-se, uma vez que o Pai Natal já está muito velhote.
Sem comentários:
Enviar um comentário