Vejo muito pouco do cinema produzido atualmente. Poucas vezes vou a uma sala de cinema, e quando vou é quase sempre para ver filmes de animação. Filmes com atores de carne e osso, vejo-os em casa e privilegio produções mais antigas, invariavelmente francesas, espanholas, italianas, clássicos norte americanos e pouco mais. No entanto, a minha última ida a um local de pipocas e Cola foi bastante redentora. Fui ver o novo Tarantino, o maravilhoso Django Unchained! Fiquei absolutamente rendido desde a cena inicial, e entreguei-me à pura diversão que me encantou durante quase 3 horas. Abençoadas! Algumas cenas são mesmo antológicas, como a cena do Ku Klux Klan, por exemplo. Ilariante, como poucas que alguma vez vi. Não se pense, pelo que disse, que Django Unchained é uma comédia. Não é, mas quase podia ser. Como quase podia ser um western spaghetti, ou um drama de contornos históricos bem evidentes. Mas não é nada disso. É Tarantino, e essa parece-me ser a sua melhor definição.
Quase mesmo no fim do filme, quando todo o enredo está resolvido, e quando já se espera pelos créditos derradeiros, a última grande surpresa aparece para meu delírio pessoal, e da maior parte dos quarentões presentes, estou certo: irrompe a bom som a canção Trinity (Titoli), de Annibale e i Cantore Moderni, canção principal dos filmes de Trinitá. Que momento, meu Deus! Que bela noite de cinema! És grande, Tarantino! Muito grande mesmo!