Seria bom que soubesses o meu nome
e que nele visses indícios de estrelas
daquelas que iluminam o céu que sonhaste
mas que nunca aconteceu
seria mesmo bom que fingisses conhecer-me
tateando as formas do meu rosto
os olhos o nariz os lábios húmidos e sós
e depois visses (mostrando espanto)
que afinal não sou quem tu julgavas
Seria muitíssimo bom que sentisses esta noite
e pensasses com a tranquilidade esperada
que sem nomes e sem rostos
apenas sobra a imagem diluída
da noite em que me afogavas
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