O Senhor Stein anda cansado, sem grande força para escrever o que lhe vai na alma. Roubaram-na! É nisso que pensa, e vai meneando a cabeça em confirmação. Anda só, e surpreso com a solidão do mundo. Encontra injustiças em todo o lado, pensando nelas quando chega a casa e se descalça, sentado na cama onde tem dormido mal nos últimos meses. Antes, nesse tempo indefinido em que ninguém se importava de viver, o Senhor Stein era diferente. Acordava para o dia como se fosse dia pela primeira vez. Mas amanhã, quando acordar, pensará em tudo isto e esboçará um tímido sorriso. E nada mais o convence, que é apenas isso que é preciso.
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