quarta-feira, 31 de julho de 2013

Férias grandes!

Este é o último post antes da habitual interrupção de férias. Mais um ano (e quase dois meses, se não me engano) de I Blog Your Pardon!, que voltará em setembro, talvez num outro formato, talvez exatamente na mesma... Ainda está por decidir, mas pode ser que a obrigatoriedade de postagens diárias a que me comprometi, possa ter os dias contados. Menos posts, mas ainda assim... I Blog Your Pardon!

* como sempre acontece, e durante o mês de agosto, um ou outro post pode surgir.

domingo, 28 de julho de 2013

Nasceu o rei menino


* sim, esta imagem já está um pouco out of date, mas o bom humor é intemporal.

sábado, 27 de julho de 2013

Rufus (a solo) no EDP Cool Jazz 2013



Antes de qualquer linha sobre o concerto de Rufus Wainwright no EDP Cool Jazz, uma clara manifestação de interesses: as minhas expectativas em relação a este artista são sempre mais que muitas, elevadíssimas, uma vez que quem criou discos como Poses ou essa dupla aventura Want (o primeiro, Want One, é um dos discos mais marcantes deste século, julgo eu) merecerá sempre a minha gratidão eterna. A honestidade, neste e em todos os casos possíveis, é um bem inestimável, daí a minha advertência inicial. Julgo que vou ser elogioso, como já devem ter percebido. Avancemos, então.
Nas veias de Rufus Wainwright corre talento artístico geneticamente comprovado. Uma mãe com o peso artístico de Kate McGarrigle, e um pai com o estatuto invejável de Loudon Wainwright III, só poderia produzir bons resultados. No entanto, o rapaz andou meio perdido durante algum tempo, reencontrando-se finalmente na obra-prima sublinhada nas linhas anteriores. Desde Want One Rufus está mais equilibrado emocionalmente (e as fragilidades do coração, como se sabe, foram dando cabo dele em tempos passados), está mais seguro e mais capaz de se aventurar noutros territórios bastante distantes daqueles a que nos habituou nos seus primeiros dois trabalhos. Lembremos que Rufus até uma ópera já tem no seu currículo!
Tudo isto serve para melhor enquadrar o que a noite nos reservou (e julgo que o plural aqui empregue está longe de ser abusivo). O seu mais recente trabalho (Out of the Game, 2012) não esteve na base do concerto de ontem, mas ouvir canções como "Rashida", "Montauk", ou "Out of the Game" tocadas ao vivo e espalhadas por momentos distantes uns dos outros ao longo de mais de hora e meia de show, é coisa que consola a alma de qualquer um, como foi o meu caso. A grande novidade para mim, que já tinha assistido a vários concertos do canadiano, teve a ver com o facto de não vir acompanhado da habitual banda. Esteve só em palco, e na noite fresca que se foi levantando, ouvir apenas o piano, a guitarra e o agasalho da voz de Rufus foi extraordinário e até comovente, em certos momentos. Como seria de prever, Rufus andou mais para trás no tempo e brindou-nos com temas dos seus primeiros trabalhos (sobretudo Poses), e com isso ganhou facilmente o público e a noite ficou mais quente. Abriu com "Grey Gardens" e ao cantar o verso Tadzio, Tadzio fez-me recordar o extraordinário romance Morte em Veneza, de Thomas Mann (sugiro-vos, já agora, essa leitura, e terão uma agradável surpresa a unir o texto literário do realista alemão, com a canção de Rufus), e foi avançando até chegar a "Rebel Prince", "The Art Teacher", e depois falou do grande Jeff Buckley, que conheceu pouco tempo antes da trágica morte desse rapaz prodígio, para instantes depois cantar "Hallelujah", que é, simultaneamente e para mim, uma canção e um hino. Mas houve muito mais: "Want" quase me levou ao tapete, tal o impacto que essa canção teima em me provocar . Já um pouco mais refeito, aguentei novos e prazerosos embates, como "Gay Messiah" (que numa introdução hilariante dedicou ao novo Papa), "Going To a Town" e "Cigarettes and Chocolate Milk", que aos primeiros acordes de piano colocou o público em delírio. Foi o fim, antes do encore... Rufus informou que tinha de se levantar às 5 da manhã, e que lamentava não ter mais tempo para gozar a noite. Eu também lamentei.
A última canção que se ouviu foi "Poses", que tenho para mim ser das canções mais belas do seu vasto repertório autoral. Atrevo-me a mais, até: "Poses" é verdadeiramente uma canção genial, digna de pertencer (como pertencerá, estou certo) a um restrito leque de canções intemporais da primeira década deste nosso tempo. Daí a pergunta: alguém com ouvidos atentos e antenados tem dúvidas de que Rufus Wainwright é um dos mais completos compositores e intérpretes da sua geração? Eu sei a resposta, e não me desvio dela. Como percebem agora, fiz bem em avisar, logo de início, que não me pouparia a elogios. Nada como sabermos ao que vamos, não é verdade?


* texto escrito para publicação no site Altamont.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Poema

O que me faz estremecer
tem o ímpeto dos trovões
e o sufoco dos segredos
que se partilham de noite
quando somos mais alma
do que corpo
mais sombra do que a luz
que na penumbra
desvanece

O que me faz estremecer
não se diz nem se conhece

quinta-feira, 25 de julho de 2013

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Holy McGrail


Aaaahhhh! Fui atingido...
(e não consigo parar de gostar)

Tenho e gosto muito de Raw Power Suite, Smashed Amps and Sunn Guitars, Burning Holy Rome e Collecting Earthquakes. Já escrevi sobre o trabalho do meu amigo Holy McGrail neste blog (façam o favor de procurar, se estiverem interessados), e há poucos dias atrás chegou-me às mãos um cd autografado de Burning Holy Rome (thanks, buddy). Só há 99 cópias no mundo inteiro, pelo que tenho a sensação de ter em mãos muito mais do que um simples disco. Afinal, o prazer da música pode muito bem ser uma coisa tátil, a par de muitas outras circunstâncias sensoriais.


(só pela capa até apetece)

terça-feira, 23 de julho de 2013

Poema

Se a estrada um dia for comum
será estreita para suportar o passado

O que passou está morto
e nem o presente com o poder
da sua realidade absoluta
o pode tornar verdadeiro

Mas vivo estará sempre o coração
e nele há atalhos de sangue
que nunca coagulam
por inteiro

segunda-feira, 22 de julho de 2013

sábado, 20 de julho de 2013

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Portugal e os poetas


Esta imagem fez-me lembrar do extraordinário poema Portugal, de Jorge Sousa Andrade. Recomendo a leitura atenta desse texto, coisa que faço assiduamente há mais de 10 anos. Deixo aqui apenas o excerto final...

"Portugal
Sabes de que cor são os meus olhos?
São castanhos como os da minha mãe
Portugal
Gostava de te beijar muito apaixonadamente
na boca."

quinta-feira, 18 de julho de 2013

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Poema

Não é o ar que nos sufoca
mas a voraz vertigem
do tempo

No instante em que vivemos
as rosas já não são rosas
são só espinhos
do momento

Amanhã ou num futuro
mais próximo de nós
contaremos pétalas
como se fossem
dias

(este não é o tempo que sonhava
nem o mundo que querias)

domingo, 14 de julho de 2013

Optimus Alive (III)

E pronto, tudo o que é bom acaba, e espero que hoje acabe com um grande concerto dos Alt-j (∆). Para o ano há mais, Lou? Era muito bom sinal!


sexta-feira, 12 de julho de 2013

Optimus Alive (I)

Começa hoje, e eu vou lá estar. Eu e o meu filho Lourenço não vamos perder Vampire Weekend, por exemplo. Rock On!


quinta-feira, 11 de julho de 2013

They're coming


Não é um disco de originais, mas terá muitos e muitos motivos de interesse.
(chega em agosto, para me alegrar as férias, e traz lados-b e raridades)

quarta-feira, 10 de julho de 2013

“So what is it going to be then, eh?”


Eu escolhia estas para o sofá da sala!


(isto não é uma almofada)


* o título deste post é uma frase do livro A Clockwork Orange, de Anthony Burgess.

terça-feira, 9 de julho de 2013

The wall!


Não, infelizmente não é nenhuma parede cá de casa. Mas podia, e até desejaria muito que fosse. É claro que, depois de The Hunter, mais alguns discos dos Blondie foram dados à luz. No entanto, e apesar de gostar muito deles (os primeiros amores são os que ficam para sempre, não é isso que se diz?) estes são aqueles que tenho tatuados na pele e na alma. Que bonito seria ter uma parede como esta para onde pudesse olhar vezes sem conta!

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Tigermilk x 4

Quatro olhares diferentes (ou melhor, a imagem oficial e mais três alternativas) sobre Tigermilk, essa obra prima dos Belle and Sebastian, que já por este blog foi tendo o devido destaque. 


(capa original do disco)


(bonita homenagem humana)


(homenagem Lego)


(desenho algo naif)

domingo, 7 de julho de 2013

sábado, 6 de julho de 2013

Guitar action!


Afinal, não foi apenas a dupla Bowie & Mick Ronson...
(não preciso de dizer quem é a senhora, pois não?)

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Pinta encarnada


o homem tem pinta,
o equipamento tem muita pinta,
o meu clube tem muitíssima pinta...

(com tanta pinta, espero que não se borre a pintura)

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Poema

Com o calor perde-se a mão
tornam-se esquivas
as palavras
do suor comum

Com o calor muda-se o ciclo
dos meses mais frios
e as palavras
rumam a lugar nenhum

(esse é o destino glorioso
de dizer-se o incomum)

terça-feira, 2 de julho de 2013

Bienvenu, Au Revoir Simone!


Estas meninas estão em fase avançada de gravação do seu próximo disco. Vai dar pelo nome de Move in Spectrums, e desejo que seja melhor do que o último. Aliás, espero que seja como os dois primeiros. Eu confio nelas. Como não confiar em anjos terrestres? 
Por agora pode ouvir-se Somebody Who, e podemos ver também aquela que será, supostamente, a capa do esperado trabalho, que sairá a 24 de setembro. Aguardemos...


segunda-feira, 1 de julho de 2013