O meu amigo Frederico (boss supremo do Altamont) ofereceu-me o cd imyra, tayra, ipy, taiguara há algumas semanas atrás. Trouxe-mo do Brasil, mas na verdade o disco em questão já anda comigo há cerca de 30 anos. Conheço-o bem (embora hoje o conheça bem melhor), e há muito que desejava tê-lo, uma vez que, era eu rapaz ainda, apenas o ouvia gravado numa mais que provável cassete BASF verde, que entretanto se perdeu na memória e no tempo da vida. Tenho ouvido esta obra prima inúmeras vezes, permitindo-me gozar do seu conteúdo musical (mas também histórico e cultural) com alguns requintes supremos. Enquanto ouço imyra, tayra, ipy, taiguara leio atentamente as letras das suas canções, contextualizando-as no tempo que se vivia no Brasil (1976), tendo ainda em conta a história de vida do próprio Taiguara. Vou descobrindo novos sentidos em muitos dos versos cantados, e fico com a sensação de ter em mãos uma obra verdadeiramente histórica, em todos os sentidos possíveis da expressão. Já sabia que era um trabalho importante, mas descubro-o agora como documento de um tempo muito particular. Experimental, tradicional e futurista ao mesmo tempo, imyra, tayra, ipy, taiguara é uma preciosidade que guardo (e já não apenas na memória) com muitíssimo carinho. Thanks, Frederico! É mais uma que te devo!
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