Nos livros raros
não há espaço
para olhares cansados
nem encantos lentos
nos livros raros
vivem-se os momentos
como se fossem últimos
desesperados
nos livros raros
a ordem é outra
e outra a noção dos tempos
e só os livros raros
são capazes
de nos lerem em silêncio
*a propósito de A Criança em Ruínas, de José Luís Peixoto
3 comentários:
Ando a ler o "Nenhum Olhar" ainda no início.
Falaram-me bem desse escritor.
Olá Carlos!!
Olá, ki. Eu gosto muito do Peixoto. Em poesia ou prosa. O Cemitério de Pianos é uma grande obra, na minha opinião.
"Conheci" o José Luís Peixoto há pouco tempo... ainda li pouco... mas estou in love!
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