Eu quero muito esta edição especial (duplo dvd) de Caetano Zii e Zie Mtv ao Vivo. E também quero o cd do mesmo show. Do meu Caetano quero tudo!!!
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
domingo, 27 de fevereiro de 2011
sábado, 26 de fevereiro de 2011
Poema
É claro para mim
que dos teus olhos
nasce a manhã
e que através
deles comandas
os dias
na minha cabeça
Por isso peço-te
implorando
que não ouças:
fecha-os agora
para que anoiteça
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
Filosofia seinfeldiana
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Poema
Houve já um tempo
em que as memórias
só existiam nos outros
(e eu dentro delas)
Muitas páginas depois
sopro a poeira dos livros
e revejo os mortos
que me recordavam
Sou eu agora
que fecho os olhos
para ver os livros
onde eles habitavam
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Selo meu, selo meu...
Confesso que não conhecia a ideia, nem sequer sei há quanto tempo existe. Sei que gosto, e que vale a pena espreitar aqui para saber um pouco mais.
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
domingo, 20 de fevereiro de 2011
sábado, 19 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
The King Of Limbs
O mais recente trabalho dos Radiohead está quase a chegar, primeiramente em formato digital, depois em formato físico. A expectativa é grande. O percurso da banda de Tom Yorke a isso obriga. Resta a questão: o que teremos agora, um disco mais melodioso como OK Computer ou In Rainbows, ou mais experimentalista, na senda de Kid A ou Amnesiac? Para já, sobre The King Of Limbs pouco se sabe. Esta é a capa, e eu gosto do seu tom spooky, a fazer lembrar capas de alguns trabalhos (álbuns, eps e singles) dos The Flaming Lips, era Yoshimi Battles The Pink Robots.
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Ler!
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Adormecer, amanhecer
O Senhor Stein saiu de casa muito cedo nesse dia, ainda antes do sol nascer. Queria vaguear pela sua cidade, sentí-la ainda adormecida, estando ele, a essa hora, já bem disperto. Ficou acordado a noite inteira, esperando a hora de sair. E quando isso aconteceu, ficou com sono, porque as noites não dormidas deixam sempre marcas em pessoas de certa idade, como o Senhor Stein. Adormeceu, sentado num pequeno banco de bairro, no exato minuto em que mais um dia nasceu.
domingo, 13 de fevereiro de 2011
sábado, 12 de fevereiro de 2011
Cornershop
Está para breve mais um disco dos meus adorados Cornershop. A capa é conhecida, assim como o título. Mas há mais: a cantora pop indiana Bubbley Kaur terá uma participação muito especial neste trabalho da dupla indie inglesa. Pelo que se vai ouvindo nos ares da net, este LP (adoro dizer isto assim) parece ser mais indi(e)ano do que nunca.
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Poema
Turva-se a água
do rio que não passa
do rio que não corre
Tragédia íntima:
o rio de um tempo
que morre
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Outras histórias
O Senhor Stein quase chocou com um velho homem que caminhava rapidamente, e em direção contrária à sua. Ainda resmungou, mas logo pediu desculpa, quando o indivíduo se virou para trás, resmungando também. Nesse momento percebeu que o conhecia de outros enredos, de outras prosas que não a sua. Era o Senhor Sommer, criatura que tanto admirava. Por isso lhe pediu desculpa, pela consideração que sempre teve por ele. E ficou satisfeito com o acontecido. De facto, pensou o Senhor Stein, "quando alguém mergulha num texto, pode sempre vir à tona noutro!"
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
He's the man, the man with the Midas touch
John Barry faleceu no último dia do passado mês de janeiro. Devemos-lhe muito, principalmente aqueles que, como eu, adoram os filmes de James Bond, desde criança. Tenho-o homenageado nestes últimos dias, ouvindo no meu iPod as maravilhas sonoras que montou para as maravilhosas peripécias de 007. Que capa de disco deveria postar aqui, dos vários que fez para meu grande contentamento? Decidi-me por Goldfinger, porque é um registo de excelência, e porque um dos versos da canção-título sintetiza o próprio compositor. Esse verso é o título deste post.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Filosofias
Vou lendo este livro e descobrindo coisas surpreendentes na obra do mestre Hitchcock: "...com um pouco de esforço, mesmo a palavra amor pode soar sinistramente."
* disse Hitchcock a François Truffaut.
domingo, 6 de fevereiro de 2011
sábado, 5 de fevereiro de 2011
Poema
É doentio envelhecer
trocar voluntariamente
o sol dos dias
pelo dia a entardecer
É tortuoso o caminho
tão frágil desde o início
até a curva acontecer
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
Deusa
Tempo parado nas imagens, na cinza negra esbranquiçada da memória. Uma voz divina cantava-me ao ouvido um longo recado celestial. Deus era uma voz de mulher, deus era uma voz feminina, deusa que me dizia aos ouvidos "Eu sou uma fruta gogóia / eu sou uma moça / eu sou calunga de louça / eu sou uma jóia...". Eu estremecia por dentro, chorava um choro sem lágrimas, que muitas vezes é o choro que mais custa. Era tão feliz assim, no tempo que não tinha tempo, para além de ser infinito. E a voz voltava, uma e outra, e outra vez ainda, sussurrando-me "Quando você me ouvir chorar / Tente, não cante, não conte comigo", e eu contava, como sempre contei.
* imagem de Gal Costa, e excertos das canções Fruta Gogóia e Como dois e dois, do disco Fa-tal, Gal a Todo Vapor (1971)
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Poema
Ainda o poema não se fez
e conto já as sobras
do que é impossível dizer
Impossível a dor
impossíveis as feridas
do tempo a entardecer
Talvez esteja nas palavras
aquilo que pouco importa
para o poema acontecer
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Whiskey sueco
Só 4 anos depois da sua edição é que Whiskey me chegou às mãos. Comecei a conhecer Jay-Jay Johanson através do seu segundo (e soberbo) trabalho, intitulado Tattoo. Fiz, portanto, o percurso inverso. Também aqui se escreveu direito por linhas tortas. Whiskey é todo ele cintilante, elegante até às últimas notas de cada canção, e Johanson revelou-se, nessa altura, o crooner mais cool do meu universo musical. Há poucos dias voltei a ouvir o disco, repetidamente, até chegar a uma conclusão antiga: a voz não combina com a figura, a capa nada diz sobre o conteúdo, nada parece bater certo, portanto. Isso faz parte do seu encanto. Talvez esse facto nos ajude a parar, a escutar com atenção o som de cada canção, a recordar os tempos dos ruídos do vinil, que conferem ao disco uma intemporalidade interessante. Em pouco mais de 30 minutos somos confrontados com apenas 9 canções, e isso chega, porque a função repeat é suficiente para prolongar no tempo, aquilo que o disco faz por nós. Como não morrer de amores por So Tell The Girls That I Am Back In Town ou I'm Older Now, só para citar os dois melhores momentos de Whiskey? Curiosamente, este último tema referido usa um sampler de Fish Beach, de Michael Nyman, da banda sonora de Drowning By Numbers, o meu filme predileto de Peter Greenaway, sendo que essa mesma banda sonora é um clássico dos meus ouvidos há já longos anos. Nada poderia ser mais perfeito, como se percebe pelo que escrevo.
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Low
Low é um pequeno milagre auditivo. Cura-me o tédio, disfarça o frio cinzento dos dias de inverno, chega a comover-me, até. O lado A (por vezes gosto de mostrar que sou da geração do vinil) tem Speed of Life, Sound and Vision, e principalmente Always Crashing In The Same Car (fantástica canção, tão injustamente esquecida). Depois, depois vem o lado B, flutuante, etéreo, instrumental na sua quase totalidade: A New Career In a New Town, Warszawa (que parece um pedido de ajuda, um estender de mão...), mas também Art Decade e Weeping Wall. Um disco perfeito, de uma elegância extrema, um dos melhores do enorme legado de Bowie. Sabemos que Low foi um disco marcante para a história da música das últimas décadas do séc. XX. Marcou muitos artistas e muitas bandas. Tenho para mim que Gone To Earth, de David Sylvian,deve alguma coisa a Low, gravado cerca de 10 anos antes. Mas isso, enfim, carecerá sempre de uma confirmação que nunca ninguém ma dará.
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