O Senhor Stein sentou-se na esplanada onde há muito, nas tardes de verão, gosta de beber algo refrescante. Depois de se acomodar e pedir o que desejava, reparou num indivíduo sentado no outro extremo da esplanada, lembrando-se imediatamente daquela cara, embora não do nome desse velho colega do tempo de liceu. Pouco depois, o indivíduo também reparou no Senhor Stein, e a troca de olhares entre ambos foi constante, tentando cada um deles disfarçar um pouco o embaraço típico dessas ocasiões, pelo que o Senhor Stein se levantou, pagou a sua conta e desapareceu por entre as pessoas que caminhavam, atarefadas, pela rua. Toda aquela cena o incomodou. Toda aquela cena era demasiadamente fassbinderiana para o seu gosto.
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