Gosto de Jeremy Jay! Não tem uma grande voz, não é um compositor de excepção, nunca gravou um disco soberbo, tudo nele parece não ser destinado ao grande estrelato. Tem, até ao momento, uma carreira curta: um ep (Airwalker, de apenas 6 temas, sendo um deles uma versão de Angels On The Balcony, dos Blondie), e três álbums (A Place Where We Could Go, Slow Dance e Dreamland* sendo que Splash e Dreamy Diary sairão ainda este ano). No entanto, gosto bastante de Jeremy Jay. Talvez porque me faz pensar nos anos 80 (e nos 70, e nos 60 também), porque parece algo displicente na forma de estar nas canções, porque nele sinto referências de muitas bandas / discos que me agradam, ou talvez porque sempre gostei daqueles que se vão impondo aos poucos, que vão revelando os seus trunfos de forma pouco descarada, que se vão interiorizando até permanecerem firmes em mim, inequivocamente. Ainda é cedo para dizer que Jeremy Jay é muito melhor do que disse nas primeiras linhas deste post, embora cada vez mais me mentalize disso. Jeremy Jay não é conhecido em Portugal, o que não é uma coisa dramática, convenhamos. A verdade é que gostava que alguém o trouxesse aos nossos palcos, não apenas para meu grande contentamento, mas porque Jeremy Jay merece!
Airwalker, do ep com o mesmo nome.
* Dreamland é uma banda sonora instrumental de um filme estrelado pelo próprio Jeremy Jay