segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

O tempo não pára!


Não há margem para indecisões. 
O tempo não pára, e as indicações são bem precisas.

domingo, 29 de dezembro de 2013

Fançoise Hardy


É uma frase sem tempo, e certeira como poucas: o que a juventude recusa, a idade aceita. Sou, disso mesmo, um exemplo crescente. Sempre fui um suave apaixonado pela cultura francesa, mas nunca como agora esse meu tique cultural se fez sentir. Inundo-me de filmes (vejo e revejo clássicos e autores recentes), e ouço, sobretudo, os mais interessantes nomes da atual nouvelle chanson. No entanto, como quem puxa pela ponta de um qualquer novelo, vou recuando algumas décadas, e demoro-me em alguns nomes. É este o caso. Foi considerada uma das mulheres mais belas do mundo, e com razão. 
Chegou agora a vez de me enfeitiçares, Françoise Hardy!

sábado, 28 de dezembro de 2013

Olha que dupla!


Sem nunca compreender a razão, o filme Kilas, o Mau da Fita só recentemente chegou ao público no formato habitual (dvd). Vi-o no cinema quando estreou (se a memória não me mente), depois na televisão, e esperava pelo dia em que pudesse trazê-lo para casa, onde já há muito tinha a banda sonora à sua espera. Agora já fazem par, para minha grande alegria. Vi-o na passada semana, e aguentou-se bem! Será apenas uma questão de tempo até ter os outros dois filmes de José Fonseca e Costa, que também agora se encontram disponíveis: Sem Sombra de Pecado e a Balada da Praia dos Cães.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Top 10 dos discos de 2013 (parte primeira)

Chegou a altura de divulgar os 5 primeiros discos do Top 10, já iniciado há alguns dias. Estes foram os 5 discos de que mais gostei, e aqui estão eles, do quinto para o primeiro. É só fazer scroll devagarinho, para manter o suspense!



(um disco de enorme contenção sonora, um objeto noturno) 



(ah, la mélancolie des amants!)



(insinuantemente belo)



(Paul Simon vive para além de si mesmo, e muito bem)


(um excelente disco de krautrock, 
a lembrar que o tempo pode ser uma maravilhosa anacronia)

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

domingo, 22 de dezembro de 2013

Top 10 dos discos de 2013 (parte segunda)


Como havia dito há dias atrás, este ano decidi dividir o meu Top 10 de discos de 2013 em dois posts. Do décimo ao sexto, aqui estão eles!



6º - Milton Nascimento - Uma Travessia, 50 Anos de Carreira ao Vivo
(é Milton vintage, obviamente)



7º - Clarice Falcão - Monomania
(melodioso, inteligente, disco com cara bonita de gente)



8º - of Montreal - Lousy With Sylvianbriar
(o disco dos of Montreal mais contido de sempre)



9º - Primal Scream - More Lights
(um back to form à altura da grandeza da banda)



10º - John Grant - Pale Green Ghosts
("GMT" é uma das canções mais bonitas do ano)

* os 5 primeiros não demoram a chegar...

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Cadeau de Noël


A nova canção francesa é muito pouco conhecida e divulgada em Portugal. Lamento que assim seja, uma vez que nomes de qualidade não faltam por . Lamento ainda que nem mesmo a nossa maior loja de consumo cultural (que é de origem francesa, como sabemos) lhe dedique um espaço minimamente digno. Enfim, c’est la vie
No passado dia 26 de novembro, Vincent Delerm publicou o seu quinto disco de originais. Chama-se Les Amants Parallèles, e é uma pequena delicia sonora, um frágil objeto de encantamento, sedutor como só os franceses sabem ser. Mas é, ao mesmo tempo, enigmático também, cinematográfico e conceptual. Poderia ser uma banda sonora de uma curta metragem, mas não é. Traz dentro dele (ou serei eu que transporto dentro de mim, não sei…) o charme do imaginário da nouvelle vague, piscando o olho a certos ambientes românticos de Truffaut, por exemplo, ou mesmo de Godard, se atentarmos bem na capa do álbum. Olhando para Les Amants Parallèles, vem-me imediatamente à memoria o cartaz do filme Vivre Sa Vie, em que um casal se abraça (Anna Karina está linda como sempre), havendo um toque de fumo no ar, para tornar a imagem ainda mais cool. A capa do novo disco de Delerm é o avesso do cartaz do filme de Godard, sem fumo, vendo-se apenas o rosto do cantor. O fundo é todo branco, e o lettering vermelho acentua o conceito romântico do álbum.
Na verdade, o disco é um filme, uma história em 13 fragmentos dispersos no tempo (à boa maneira de alguns maneirismos nouvelle vagueanos) que revelam a vida em paralelo de um homem e de uma mulher. Nos versos da canção que dá nome ao disco, pode ouvir-se o seguinte: “Et nous vivons en parallèle / Et la ville nous sépare un peu / (…) / Parallèles / A côté / Dans Paris nos corps parallèles / Pás les mêmes / Pas mélangés / Pas loin et à côté quand même”. Há momentos de diálogo entre canções, e há canções superlativas, curtas, breves como certas cenas de filmes em que o interesse maior está, não no que se mostra, mas antes naquilo que não se revela completamente. Les Amants Parallèles é, todo ele, estilo. Atrevo-me a dizer que é uma obra em tempo de maturidade, embora Delerm tenha apenas 37 anos. Este disco parece trazer um novo Delerm, mais seguro das suas capacidades, mas ainda com um ou outro maneirismo antigo, como o seu tão conhecidoname dropping. Desta vez é (apenas) Joe Montana, antiga estrela de futebol americano, a merecer maior referência. Mas também são mencionados os nomes de Mia Farrow, no filme Rosemary’s Baby, Johnny Marr, os Charlatans e a famosíssima Haçienda. Antes, como saberão os conhecedores da sua obra, foram vários os nomes visitados, como “Veruca Salt et Frank Black” (título de uma canção do magnífico Kensington Square, em si mesmo um título referência), Anita Pettersen, Fanny Ardant, Charlotte Carrington, Christophe Lambert, Jean-Huges Anglade, Bukowski, Shakespeare, Trintingnant, Steffi Graf, Francis Poulenc, Alessandro Scarlatti, Cure, Duran Duran, Joy Division, 10.000 Maniacs, Boris Vian, Vivement Dimanche (o filme de Truffaut), Disneyland, Opel Vectra e outros que a minha memória, de momento, faz por esquecer.
O disco conta com a participação de duas vozes femininas (Rosemary Stanley e Virginie Aussiètre), que acompanham o registo semi-cantado / semi-falado de Delerm, num tom sempre íntimo, sempre cosy e acolhedor. Não se encontra por aqui uma única canção orelhuda (a canção título talvez seja a que mais se destaca, quand même), embora todas sejam talhadas com o máximo rigor e elegância. É uma obra digna de um artesão! Os arranjos de Clément Ducol são sublimes, de uma intensa melancolia, e os quatro pianos, previamente trabalhados para soarem de forma diferente, são os únicos instrumentos usados no disco. Tudo é tocante, sensível e inteligente. Tudo é simples e sem truques. Nada mais importa, para além dos sentimentos que o disco evoca. Apenas a transparência dos sons, das conversas, das palavras em sussuro. Vincent Delerm oferece-nos um disco ímpar, como já poucos se fazem, nos dias que correm. E por tudo isto, a melancolia nunca foi tão apetecível como em Les Amants Parallèles.
* texto publicado no blog Altamont

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

sábado, 14 de dezembro de 2013

Teaser


Como sempre acontece todos os anos, em 2013 não haverá exceção. Dentro de alguns dias, aqui no I Blog Your Pardon, publicarei o Top dos 10 discos que mais gostei de ouvir no ano que finda, e que deram à luz nos últimos doze meses. No entanto, com uma pequena diferença em relação ao habitual: sairão em duas publicações. 
Não falta muito. Os (para mim) 10 melhores do ano estão quase a aterrar...

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

"encore une fois"

As obsessões dão nisto. Vincent Delerm e o seu recentíssimo disco ocupam-me os dias, e os sonhos sonoros dos silêncios diurnos e noturnos. 


quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Poema

São os dedos
são as mãos
são os medos
que se vão
os segredos
os desejos
as verdades

Em que tempo existes
que idade tens?

Não cabe no corpo
a tua voz
e talvez por isso
estás em cada um
de nós

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Poema

Olhas para mim
enquanto escrevo
os versos que não lês

Foi sempre assim
a nossa vida
um vazio imenso que se fez

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Procura-se

O Senhor Stein desapareceu. Nunca mais se ouviu falar dele, e nunca mais foi visto em parte alguma. Dizem que andava triste, cabisbaixo, dizem até que andava insatisfeito com a vida. Agora estranha-se a ausência, e questiona-se o paradeiro desse homem que, na verdade, também pouco se via, e só de quando em vez aparecia. Por onde andará, e o que pensará ele dos tempos que correm, também eles tristes e cabisbaixos? Terá sumido com o tempo, reencontrando-se nele e no vazio que persiste à nossa volta? Daí que vos deixo um pedido: se o virem, não importa onde e em que condições, digam-lhe que espero por ele algum dia, numa qualquer esquina das nossas incontáveis ilusões.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

The B-Fifty five cats


O disco de estreia dos The B-52's inauguram esta nova tag. As perucas e os óculos de sol não poderiam faltar, obviamente. Com uma capa verdadeiramente icónica, este trabalho inicial da banda americana ainda hoje se pode ouvir com algum interesse. E é com estes gatos / gatas que a paródia se faz. Qualquer dia há mais. Miau.

domingo, 8 de dezembro de 2013

2014 já se anuncia


Mais uma revista de janeiro de 2014. Mais um Top sobre "os melhores" de 2013. Não falta muito para mostrar o meu, como vem sendo habitual. 

sábado, 7 de dezembro de 2013

Clássica Joana!


Ainda há que esperar alguns meses. Segundo consta, The Classic só chegará em março de 2014. Para já, é o que temos: a capa e o vídeo.


sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

domingo, 1 de dezembro de 2013

Poema

Não morrerei esta noite

(cansei-me desse vício
agonizante e sem futuro)

Quero agora os caminhos sobranceiros
por entre vidros
até sangrar

Pouco me importa que seja tarde
e os pés se cortem nos caminhos
se é neste instante
que a vida pulsa
e o corpo arde

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Diálogos

(fotograma de Vivre Sa Vie, de Jean-Luc Godard, filme de 1962)


Não pode ser por acaso. Estas imagens são dialogantes, mesmo estando separadas por mais de 50 anos.



(capa de disco, de 2013)

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Poema

Conheço um sítio 
ao fim do dia 
onde se pode morrer 
sossegadamente 
e onde se pode sentir
um a um
os últimos raios de sol 
ao encontro do coração

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Ele próprio, o outro


Faz 100 e 25 dias que A Confissão de Lucio (opto, por razões óbvias, pela grafia original) foi publicada pela primeira vez. Custava 60 centavos. Comprei hoje, distribuída pelo jornal Público, a edição fac-similada dessa primeira publicação. Custou-me 5.95 euros. A minha antiga edição da Ática vai ter companhia, uma espécie de irmão mais velho. Ou "Ele próprio, o outro", se assim quisermos dizer. 

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Garçon D'Honneur


Nem acredito no que encontrei! Já vem a caminho, e é muita a pressa em tê-lo nas minhas mãos. Pelo disco que é, e ainda pela edição (a primeira) já algo difícil de encontrar. Uma obra prima totalmente desconhecida pelo público português. Que sejas rápido a chegar, Alex!

domingo, 24 de novembro de 2013

Mojo, once again.


A Mojo de janeiro de 2014 (que sai em dezembro, como se sabe) promete. O Top 50 do ano ainda em curso, um cd a combinar, um exclusivo com os Arcade Fire e outras tantas coisas, certamente. Fico à espera. Mais uma semana, ou talvez um pouco mais, e não escapará.

sábado, 23 de novembro de 2013

Devaneio sem consequências

A propósito de cortar o cabelo, lembrei-me de ir ao Chez Max - Coiffeur Pour Hommes. Como não atendem para marcação, resta-me fazer o que pode ser feito. E esperar, sonhando, por Marilou.



sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Poema

São pequenos logros
míseros erros
que fazemos
ínfimas falhas
quase sem tamanho

Ou então
o contrário do que somos
sem sermos hábeis
na dimensão dos
enganos

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Herbie, my man!


Dos vivos, Herbie Hancock é o maior! A revista Jazzman deste mês dedica-lhe um especial relativo aos seus discos gravados pela Columbia, a propósito da recentíssima Box Integral, que vai de 1972 a 1988. São 31 discos ao todo, em 16 anos de ligação à editora. Tenho, desse período, apenas os que a fotografia documenta. Se o Pai Natal fosse bondoso, não me importaria nada de aceitar a dita box.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Une box delicieuse


O som do cinema que mais gosto. O prazer das canções e das composições da Nouvelle Vague numa Box que é um autêntico luxo. Que prazer supremo, mon Dieu!

terça-feira, 19 de novembro de 2013

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Dr. Jonathan Septimus, agora em carne e osso

(Don DeLillo)


Para quem for, como eu, fanático da série Blake e Mortimer, e principalmente da aventura A Marca Amarela, conhece a personagem Dr. Jonathan Septimus. O que eu não sabia, é que Septimus existe mesmo, agora com um nome diferente: Don DeLillo. Saiu na sexta-feira passada, na capa do jornal Público. As imagens não enganam!


(Dr. Jonathan Septimus)

domingo, 17 de novembro de 2013

Antoine Doinel


Cada um dos 4 filmes (+ uma curta metragem) da vida de Antoine Doinel (alter-ego de François Truffaut) pode ser comprado na Fnac por 5 euros cada. Falo de os Quatrocentos Golpes, Beijos  Roubados (neste dvd inclui-se a tal curta intitulada Antoine et Colette), Domicílio Conjugal e O Amor em Fuga. Não se pode perder uma ocasião destas!