sexta-feira, 31 de julho de 2009

Ao sol, os meus ouvidos...

Estou de férias com a minha família e também com este Senhor. Apresento-vos o disco que mais tenho ouvido no meu iPod nesta primeira semana algarvia: David Bowie e o recente cd+dvd VH1 Storytellers. A canção é Word On a Wing, do belíssimo Station To Station (gravado enquanto Bowie sucumbia a graves problemas de droga), de 1976.



sexta-feira, 24 de julho de 2009

On the way...


Até que enfim: Férias!!!

Voltarei lá mais para o final de Agosto. Entretanto, podem sempre aparecer por aqui, porque haverá um ou outro post para matar saudades...

Beijos e abraços, conforme os casos.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Belíssimo momento



Lô Borges e Milton Nascimento:
membros do Clube da Esquina do tempo.

* Clube de Esquina anda hoje nos ares cá de casa.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Poema

Dormirei
um sono insano
nos teus braços

Tu a vasculhar
todo o meu corpo
e eu a habitar
os teus espaços

terça-feira, 21 de julho de 2009

Poema

Silêncio sozinho
colado à pele
à luz do dia
silêncio imenso
que arrepia
que une o agora
ao depois
até chegar
vindo de longe
outro silêncio
silêncio a dois
som em partilha
nesse vazio
onde o silêncio
preenche a casa
silêncio em nós
silêncio asa
que não esvoaça
até que juntos
somos silêncio
e tudo passa

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Ando a perder-me com este disco

Sim, é verdade. Blue Train, de John Coltrane, é um disco que não me sai da cabeça. Porquê? Há perguntas que não se fazem, e respostas que não deviam ser dadas. Mesmo assim, eu avanço com algumas ideias: porque me arrepia a pele; porque há sons que parecem, quando os ouço, que sempre existiram na minha memória; porque John Coltrane toca como respira e há momentos em que sou eu que fico sem ar por dentro; porque é tudo bonito, desde a capa até à medula de Blue Train; porque é sempre difícil encontrar discos de jazz que soem mais actuais do que os mais recentes; porque Blue Train me atropela sempre que o ouço. Dizer isto é pouco. Dizer mais do que isto é inútil. Blue Train é para ser ouvido com o coração nas mãos.

domingo, 19 de julho de 2009

Inverno quente


O Inverno começava quando ela se vestia assim: um casaco pesado e quente, um chapéu da cor de um sangue que parecia ser o seu, iluminado, perturbante aos olhos de quem o via. Como ela, aliás. Há mulheres que não sabem ser de outra forma, de outro jeito. Mulheres que sobram para além de tudo o que é perfeito. E quando esse Inverno começava, começava o Verão no meu peito.

* Jenny Dalton é a senhora da imagem, artista (cantora e pianista) de Minneapolis. O seu segundo disco - Rusalka's Umbrella - já pode ser ouvido nos ares da net.

* a "história" deste post nada tem a ver com a cantora e compositora em questão.

sábado, 18 de julho de 2009

Leite Bom

A intenção era levá-lo para as férias, mas a vontade interpôs-se e estou quase a terminá-lo. Este novo romance de Chico Buarque é leite bom, e aguentará boas e longas releituras, ao sol do Algarve, sem perigo de azedar.

* comprei a edição especial, com direito a t-shirt que diz, em grande destaque, "a memória é uma vasta ferida".

** o novo romance de Chico tem direito a site e tudo. Pode ver-se aqui.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Poema do dia findo

Faca em descanso
por sobre a mesa

abandono assim exposto
cortante silêncio de metal

Por sobre a mesa
o instrumento gritante

do dia findo
do desencanto fatal

quarta-feira, 15 de julho de 2009

segunda-feira, 13 de julho de 2009

O ABC do Amor

Decorria o ano de 1983 e eu, o meu irmão e o meu primo Sérgio rumámos até ao norte, mais precisamente à Anadia, para passarmos uns dias de férias na casa de uma prima. Um casarão, aliás, vivenda imponente e antiga com quintal e tudo. Tinha 16 anos e as recordações de alguns dos momentos desses dias estão muito presentes ainda na minha memória. Os momentos e também a banda sonora dessas férias. Nessa altura, eu ouvia muita MPB e alguma POP. Fazia-me sempre acompanhar de um pequeno leitor / gravador de cassetes (usava as clássicas BASF laranjas ou verdes) e dessa vez não foi excepção: Kim Wilde (Select), Haircut 100 (Pelican West) e ABC (The Lexicon of Love) eram a minha bagagem musical. E digo minha, porque o meu irmão nunca gostou de música e o meu primo, nessa altura, tinha um gosto que me parecia muito duvidoso - ouvia Motown e pouco mais. Dos 3 discos que levava, dois ficaram para sempre na minha cabeça: o da segunda loura mais sexy da música POP e o dos ABC. E é sobre The Lexicon of Love que vos escrevo.
Os ABC estrearam-se no mundo da música com uma obra-prima absolutamente inquestionável. Um daqueles discos perfeitos do princípio ao fim, sem uma única faixa que ficasse aquém das restantes. É claro que as que mais ficavam no ouvido eram, por exemplo, The Look of Love, Poison Arrow ou All of My Heart, mas para mim todo o disco era soberbo. Ainda hoje, apesar da produção algo datada, sobrevive bem enquanto trabalho de POP certeiro aos ouvidos e ao coração. De tal maneira que o segundo disco da banda (Beauty Stab) não aguentou as comparações com o primeiro e afundou-se ( e com ele toda a carreira do grupo) no mais profundo mar do esquecimento. Injustamente, na minha opinião. Gosto muito de Beauty Stab, embora seja um trabalho completamente diferente e com outro propósito de The Lexicon of Love.
Ouvíamos (sim, deste o meu irmão gostava e o meu primo achava-lhe alguma graça) The Lexicon of Love a todas as horas: de manhã e de tarde (essas memórias misturam-se com as brincadeiras algo taurinas com o cão da casa - chamava-se Perro, se bem me lembro - que muito sofreu com as bandarilhas / molas da roupa que teimávamos em cravar-lhe no dorso) ouvíamos e cantarolávamos o disco do princípio ao fim, e mesmo de noite (mais memórias, no quarto do primeiro andar onde dormíamos os 3, às tantas da noite, com bexigas repletas de xixis nocturnos que saíam disparados pela janela - para não acordamos ninguém - e que aterravam no quintal, desenhando estranhos desenhos no chão de areia) os ABC faziam-nos companhia.
Quem nunca ouviu este trabalho dos ABC andou perdido nos anos oitenta, ou então era deficiente auditivo. Canções como as anteriormente citadas, ou como Show Me, Valentine's Day e Date Stamp são bem a prova de um disco genial. Tão genial que entra agora, triunfante, no Museu dos Melhores Discos do Séc. XX.

* já para não falar da capa, um verdadeiro clássico...

domingo, 12 de julho de 2009

Fama


Depois de ter feito um Filme (Todas as Palavras do Mundo),
o sucesso é já uma realidade.
Não acredita? Então clique aqui.

sábado, 11 de julho de 2009

Poema

Também eu
quis fazer dos teus cabelos
um poema

(como tantos já fizeram)

Também eu
quis fazer do teu olhar
outro poema

(como tantos já tentaram)

Também eu
quis fazer das tuas mãos
mais um poema

(como tantos que as tocaram)

Também eu
também tu

(como tantos que passaram)

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Respiração

Respiraste o ar da noite até asfixiares o dia que nasceu. Sem fôlego, o sol irrompeu do teu sono e acordou os gestos do mundo. Eu fiquei a velar a tua beleza a noite inteira, e perdi-me nos pequenos soluços do teu corpo, enquanto dormias. Foi breve a história de mais esta noite. E sem que desses por isso, ouvi o teu coração bater as duas sílabas do meu nome.

* esta imagem foi retirada do blog http://guarda-fados-e-vestidos.blogspot.com/

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Todas as equipas precisam de cor

Os sócios do Benfica (como eu) podem votar no site do clube e assim escolherem a camisola alternativa para o ano 2010 / 2011. A ideia parece-me original, mas as três camisolas possíveis para eleição não são de encher o olho. É seguro, julgo eu, que a camisola escolhida sofrerá alguns retoques estéticos. Eu já votei. Votei naquela que até ao momento menos votos tem, o que não deixa de ser curioso... Ora vejam lá as ditas camisolas.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

De um autor desconhecido

Não sei quem fez este vídeo que encontrei no youtube. Vê-lo deixou-me bastante emocionado, confesso. O filme que fizemos este ano (Todas as Palavras do Mundo) mexeu com muita gente, no íntimo de muita gente, e o dia da sua apresentação pública ficará na memória das mais de quatrocentas pessoas que assistiram à grande estreia. Por tudo aquilo que o filme representou para mim e para todos os que trabalharam na sua feitura, deixo-vos aqui o vídeo. Para o seu autor fica a vénia devida e o meu muito obrigado.




terça-feira, 7 de julho de 2009

Histórias


Foi este o sítio. Os dias, no entanto, foram outros e com outro encanto. Foi tudo tão breve que nem a memória registou. Para quê guardar aquilo que o tempo alterou! Se em todas as viagens há um princípio, nesta só o fim permaneceu. Assim, um final desencantado, desiludido, final marcado por tudo aquilo que ninguém viveu. Há histórias em que o princípio é já o fim. Histórias de caminhos sem vida, sem vestígios, histórias sem ti e sem mim.

* esta imagem foi retirada do blog Olhar Macro

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Aos saltos



Maravilhosa! E ainda por cima, aos saltos!

* a canção é Black Hearted Love, do álbum A Woman a Man Walked By, com John Parish.

domingo, 5 de julho de 2009

sábado, 4 de julho de 2009

sexta-feira, 3 de julho de 2009

quinta-feira, 2 de julho de 2009

I want my WEED

Weeds está de volta: celebremos! A 5ª Season promete e traz novidades: será que Nancy está mesmo grávida? A verdade é que nos 13 episódios desta nova season, Nancy vai 7 vezes a uma clínica de obstetrícia e a sua médica é a Dr. Audra Kitson - nada menos do que uma das novidades da série, a cantora e compositora Alanis Morissette. Outra das actrizes convidadas é Jennifer Jason Leigh. Para já, resta-nos esperar...

* os três primeiros episódios "já cá cantam"...