
Sabia que não tinha idade para brincar como as crianças, mas essa certeza de nada lhe servia. Era mais forte do que ele. Mesmo quando o trabalho lhe exigia atenção, competência e concentração, havia sempre um momento para a fuga suprema: "Que fazer com este papel onde se lê URGENTE, deixado na minha secretária? Talvez dobrá-lo e fazer um barco, depois deixá-lo flutuar no rio Tejo que passa mesmo ao lado da cadeira onde me sento. Ou simplesmente amachucá-lo e tentar encestar no caixote do lixo do chefe. São três pontos garantidos!" - pensava.
Os dias eram assim perdidos...
E como era precavido, trazia sempre no seu bolso um carrinho pequeno que usava para evitar os engarrafamentos à hora de ponta.
nota: esta imagem pode ser vista em http://olharmacro.blogspot.com/
1 comentário:
Trazia não no bolso mas no meu pensamento, a boneca, e os vestidos de princesa que gostaria de lhe fazer.
Um abraço
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