quinta-feira, 6 de setembro de 2007
PJ Harvey
Não é sobre o novo disco de PJ Harvey que escrevo, embora não faltem razões para isso: é muito diferente dos seus registos habituais, feito ao piano, sem as guitarras sempre prontas à distorção do disco anterior, intenso, íntimo, de longe o seu disco mais pessoal.
Quero referir-me à capa, apenas. Se houvesse votação, lá para o fim do ano, em algum jornal ou revista da nossa praça, para a melhor capa de disco de 2007, esta teria o meu voto. Belíssima, PJ Harvey parece etérea, de uma imensa fragilidade, de outro século (e não me refiro ao anterior), capaz de despertar nos menos atentos uma qualquer chama interior, um desejo inconfessável, a demora do olhar. Brilhante, na luz-não-luz Vitoriana do ambiente que promove.
Diz-se que a imagem da capa parece ter sido inspirada pelo quadro de James Abbott McNeill Whistler (1861), intitulado The White Girl (Symphony in White No. 1). O título do disco é White Chalk...
nota: White Chalk sai a 24 de Setembro.
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