terça-feira, 11 de setembro de 2007

Reencontro


Teria 13, 14 anos, não mais.
Lembro-me perfeitamente da tarde em que ouvi Joyce pela primeira vez. Em casa da minha amiga Teresa Ouro - (há quantos anos não a vejo nem sei dela?), os sons de Feminina fizeram-se ouvir e o fascínio foi imediato. Depois, a faixa Clareana fez o resto. Estava perdido de amores por este disco. Por este, apenas. Depois disso a cantora e intérprete brasileira nunca mais me fascinou. Ou, pelo menos, nunca mais como naquele dia, naquele quarto, na companhia de uma outra amiga (há quantos anos não a vejo nem sei dela?), de nome Lena.
Cerca de 25 anos depois, Joyce reaparece na minha vida. E uma vez mais com o mesmo disco... Difícil de encontrar nos dias que correm, este trabalho de Joyce não perdeu qualidades. Continua a soar-me nostálgico, mágico, encantador. Exactamente como no momento em que chegou até mim, naquele quarto, naquele dia, na companhia feminina da Teresa e da Lena.
A vida, como alguns discos, tem sentidos circulares que nos enternecem.


nota: um abraço muito agradecido ao (((SOLIDOWN))), sem o qual este reencontro não teria acontecido.

4 comentários:

Anónimo disse...

Meu amigo,

Você escreve muito bem, com maestria.
O disco fez outro sentido para mim.
Aliás, tenho tido algumas boas emoções com esse disco.
Primeiro porque eu pensava que não o conhecia (eu não o tinha até você me pedir). Ao ouvir percebi que já conhecia algumas canções que nem sabia que eram da Joyce. Foi como voltar à infância em Minas Gerais, uma máquina do tempo para o passado infantil, com a mesma brisa e sol no rosto inocente, sem noção das letras que cantava a esmo.
Segundo porque encontrei o sentido de ter um blog de compartilhamento. Eu lido com as emoções das pessoas, suas memórias, seus momentos vividos com as canções. Isso volta em dobro para mim, pois em um simples pedido eu posso descobrir minhas próprias lembranças com surpresa.
Quem agradece sou eu!
Felicidades.

(((Solidown)))

Carlos Lopes disse...

Muito obrigado pelo texto. A verdade é que nunca sabemos verdadeiramente as implicações das nossas acções, dos nossos gestos, da nossa existência... É verdade, não acha?
Volte sempre,
um abraço.
Carlos

Anónimo disse...

Encontrei-te, Carlos.
Estava com um dos meus sobrimhos, ele a navegar pela net, eu sentada num sofá. Quando o oiço dizer: sabes quem é o Carlos Lopes tia ? Que ouviu o disco da Joice pela primeira vez em tua casa? Adivinhei na hora.. O meu amigo Carlos, há quanto tempo?
Aqui estou a olhar para o teu blog, (eu não tenho nenhum)e a lembrar-me do "nosso" liceu de Queluz, do "nosso" programa de rádio, dos millll discos que ouviamos, das nossas conversas, dos nossos 13,14,15 anos...
Do nosso humor, da tua escrita, dos professores e do que diziamos deles... Bons tempos!
Gostava de falar contigo mas não vou escrever aqui o meu contacto, se não corro o risco, (pelo interesse deste texto, claro...)de ficar com a minha caixa de correio entupida.
Vou tentar descobrir por aqui o teu endereço.
Um abraço
teresa ouro

Anónimo disse...

Esqueci-me de te dizer... ainda tenho o disco, ainda me lembro das musicas, há anos que nãoo vejo a Lena, mas sei dela pela Rute...
Tenho dois filhos, uma Madalena 14 anos, um Duarte com 5. Eu? na mesma, 40 anos e não cresci muito mais, por fora claro!
teresa ouro