terça-feira, 16 de outubro de 2007
Medicina poética
Por vezes refugio-me no livro O Poeta Nu [poesia reunida], de Jorge de Sousa Braga e venho de lá sempre com a mesma íntima certeza: é a voz que mais me toca de toda a poesia portuguesa contemporânea. Este médico das letras atende-me a qualquer hora, sem marcação prévia, seguro das receitas que inventou. São terapêuticas as palavras do poeta. Quando tomadas em doses certas, na hora mais propícia ao tratamento, são um alívio para as gripes humorais, consolo para os estados de alma mais agudos, conforto para os dias em sobressalto.
Deixo aqui um poema curto para que o instante da leitura ganhe a dimensão de um sorriso arrebatador.
"Esta noite sonhei oferecer-te o anel de Saturno
E quase ia morrendo com o receio de que ele não te coubesse no dedo."
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2 comentários:
xaval, isto nem dá p aquecer. Venho aqui quase todos os dias e isto tá muito parado. Escreve, fds...
ARTUR
Então e o próximo livro. Tou à espera.
ARTUR
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