quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Sobre as águas


Os dias de outono tocam-nos a alma como nenhuns outros. São mansos, enganosos, evaporam-se aos poucos até serem noite. Vestem-se de castanhos lugares e pairam sobre nós, impondo-nos a melancolia dos grandes lagos parados, das águas quietas. Parecem ser o fim da vida!
Foi num dia assim que tudo aconteceu. Olhávamos a valsa das folhas caídas no pequeno riacho ao nosso lado: justapunham-se, afastavam-se logo em seguida, brincavam comandadas pelo sopro invisível da brisa do momento. A tarde mostrava já sinais de algum cansaço, mas a imagem da dança das folhagens enterneceu-nos profundamente. E ali, de mãos dadas, lado a lado, resolvemos que o futuro iria ser absolutamente nosso.



*esta imagem foi retirada do site http://olharmacro.blogspot.com/

3 comentários:

redjan disse...

' E ali, de mãos dadas, lado a lado, resolvemos que o futuro iria ser absolutamente nosso...

... viessem chuvas ou ventos sem destino, cruzassem-se cheiros e gentes estranhas, ali ficariam as mãos, dadas e queridas como só aquele olhar entendeu !!

Venham de lá mais outonos CL !!

Carlos Lopes disse...

Thanks, dude. A imagem que acompanha o textoé magnífica. É do meu amigo Janeca. O gajo tem jeito para carregar no botão. Também andou comigo e com o Artur na aventura do Ecos de Belém, se é que isso te diz alguma coisa...

Dani disse...

E ... como sempre... deixas o meu queixo descair nas palavras que deixas ficar, suspensas, no tempo e no espaço, construindo mundos diferentes!

FOGO!

Ah! E mais uma coisa! O Outono também é cor de LARANJA! =)

Beijinhus grandis!