sábado, 9 de fevereiro de 2008

Só um poema

Estar só
viver assim
à beira mar
dos desencontros
e olhar nos olhos
dos outros
na esperança de ver
que os nossos existem
mesmo que sós
mesmo sem voz
a repetir
o drama dos dias:
estar só
e habitar
as manhãs frias

2 comentários:

Anónimo disse...

Teus poemas sempre me inquietam. Gostei muito deste, mais uma vez. Por mais que cada um de nós seja completamente só, quando consegue encontrar de verdade outro olhar,parece que se estende nele,que se dilui, ou que se completa.Mas são raros momentos. Beijos!

Carlos Lopes disse...

emanuela: engraçado e curioso que digas que os meus poemas te inquietam! Porquê? De onde vem essa inquietação?
Obrigado pela visita, mais uma vez.