segunda-feira, 28 de abril de 2008

Poema

Nos livros raros
não há espaço
para olhares cansados
nem encantos lentos
nos livros raros
vivem-se os momentos
como se fossem últimos
desesperados
nos livros raros
a ordem é outra
e outra a noção dos tempos
e só os livros raros
são capazes
de nos lerem em silêncio

*a propósito de A Criança em Ruínas, de José Luís Peixoto

3 comentários:

Anónimo disse...

Ando a ler o "Nenhum Olhar" ainda no início.

Falaram-me bem desse escritor.

Olá Carlos!!

Carlos Lopes disse...

Olá, ki. Eu gosto muito do Peixoto. Em poesia ou prosa. O Cemitério de Pianos é uma grande obra, na minha opinião.

Cati disse...

"Conheci" o José Luís Peixoto há pouco tempo... ainda li pouco... mas estou in love!