
Antes de ir de férias havia prometido escrever umas linhas sobre o mais recente disco de
Julian Cope. Intitulado
Black Sheep, este duplo cd (uma das muitas manias de
JC, pois todas as músicas caberiam bem num único disco) é, de certo modo, um
voltar atrás em termos melódicos e composicionais. É um álbum de canções, um álbum onde os excessos ruidosos dos anteriores
You Gotta Problem With Me e, principalmente,
Dark Orgasm e
Citizen Cain'd estão minimizados, quase imperceptíveis até. Apenas
em Come The Revolution e
It's Too Late To Turn Back Now - (canções inicias do primeiro cd) -, ainda se consegue ouvir ecos desse som mais caótico e poderoso. Mas pouco... O que se ouve depois, e até ao fim do segundo cd, é um
Cope que já não ouvíamos desde
Interpreter, de 1996. Um
Cope agarrado às harmonias cantáveis das canções pop, embora talhadas à sua maneira. É um disco como já há muito os fãs desejavam. Por isso,
Black Sheep não me largou os ouvidos durante as férias. Na praia, na piscina, em casa, doses e doses de
Black Sheep inundaram-me os dias. O meu amigo
Nuninho que o diga... Um disco que tem uma faixa intitulada
All The Blowing-Themselves-Up Motherfuckers (Will Realise The Minute They Die That They Were Suckers) não pode passar despercebido. Por isso, se quiserem ouvir um pouco deste
Black Sheep, liguem-se hoje à
RADAR (97.8 FM), às 22h00 e ouçam o
Discos Voadores. Um dos destaques do programa será este novo trabalho de
Julian Cope. Talvez passem
Psychedelic Odin, a minha música preferida de
Black Sheep, se é que consigo, de facto, ter uma música preferida neste grande regresso do meu adoradíssimo
Julian Cope.
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