terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Low

Low é um pequeno milagre auditivo. Cura-me o tédio, disfarça o frio cinzento dos dias de inverno, chega a comover-me, até. O lado A (por vezes gosto de mostrar que sou da geração do vinil) tem Speed of Life, Sound and Vision, e principalmente Always Crashing In The Same Car (fantástica canção, tão injustamente esquecida). Depois, depois vem o lado B, flutuante, etéreo, instrumental na sua quase totalidade: A New Career In a New Town, Warszawa (que parece um pedido de ajuda, um estender de mão...), mas também Art Decade e Weeping Wall. Um disco perfeito, de uma elegância extrema, um dos melhores do enorme legado de Bowie. Sabemos que Low foi um disco marcante para a história da música das últimas décadas do séc. XX. Marcou muitos artistas e muitas bandas. Tenho para mim que Gone To Earth, de David Sylvian,deve alguma coisa a Low, gravado cerca de 10 anos antes. Mas isso, enfim, carecerá sempre de uma confirmação que nunca ninguém ma dará.

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