domingo, 13 de março de 2011

Os dias de mãos dadas

Estava guardada no fundo da gaveta do tempo. Era mais luminosa a imagem desse dia, e foi escurecendo aos poucos, como vela de uma qualquer vida que se apaga. Já nem me recordo bem desses dias de mãos dadas, dos gestos amanhecidos, dos sorrisos, dos corações que eram fortes e batiam em conjunto. O tempo mata o que vai ficando por cumprir, e não há melhor lição: o tempo mata a vida que teima em lhe resistir.